quinta-feira, abril 26, 2007

Quando voam de mim, eu sou as asas.

Ela sonhou com flores e luz.
Viu-se correndo, em um campo ensolarado.
Não, não corria... Ela planava.
Flutuava, por sobre aquele lugar mágico.

Uma das mãos... Agitada.
A outra, pendia, às flores acariciava... Suave.
Tinha medo de machucá-las, de perdê-las... Eram tão lindas.
E todas suas...
Eram perfeitas.

Ela as olhava.
Seu coração transbordava de euforia e temor.
Alegria... E amor.
E de tudo o mais, que ela não saberia explicar...nem ninguém entender.

Acordou sorrindo.
Na retina, a imagem viva do vasto tapete colorido.
Na mente, a certeza do que vira... Sua própria morte.
Uma lágrima, inevitável, desce.
Sorria ainda...
Pois ela achou lindo.



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