sábado, novembro 04, 2006

À insônia.

Sob o barulho da água, sob a mira de três pares de olhos
Procuro o sono, que à mim é estranho...
O descanso, fuga , o descaso com que penso.
Que sonhar contigo não é bom, mas é o que tenho, me adoecem.

Me fitam os olhos, inquietos, pois deles sou dono.
Os alimento e mantenho, soberano, sou deus...
Apenas eu, é o que sou...
Um homem cansado, de muitas coisas, que não pode
ou não quer...
dormir.

Palavras confortam a mente, afagam à alma
Atenuam a tristeza intrínseca.
Por isso as coloco, as jogo no mundo, órfãs.
As amo, como a muito não o faço, pois nada mais é o mesmo.
Já não sei o que é amar... não sei se um dia soube.
Não sei...
Durmo.

L>K

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