segunda-feira, abril 28, 2008

Aos poetas II

Não sei direito lhes dizer o que acontece...
Que bicho que veste minha pele.
O que diabos, de mim se apodera.
Por que meus olhos não se fecham?
Qual é o nome da fera?

Pois enquanto o mundo dorme, na ausência do medo
E a cidade silencia, pálida, vazia.
O frio se espalha, e eu o percebo.
E eu não durmo...
E eu escrevo.

Alguém aqui, de fato, se importa?
Na verdade, importa saber?
Não,não interessa, absolutamente...
Salta aos olhos a verdade nitida, ela grita...
Dormir é pra quem já morreu.
Mãos que dormem, não podem escrever.

Esta, é deslumbrante exceção à regra.
Maravilhosa curva, nesta enfadonha vida reta.
Você entende, nobre amigo, eu sei...
És poeta.



L>K

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